A Apple já tinha demonstrado há algum tempo uma vontade expressa de se focar em processadores de fabrico próprio para os seus dispositivos geridos atualmente por processadores Intel. A gigante aproveitou a Apple Worldwide Developers Conference deste ano para anunciar o feito do seu departamento de desenvolvimento de processadores, a Apple Silicon, como é conhecida que fabrica os atuais processadores para iPhone e iPad. É, sobretudo, interessante ver a trajetória da fabricante de Cupertino ao apostar na produção e criação de grande parte dos seus produtos em território norte-americano, visando depender o menos possível de terceiros para as suas operações comerciais, ao contrário da concorrência.
Observe-se o caso da Huawei — afetada pela sua alegada ligação ao estado chinês, mas sobretudo pelas suspeitas de espionagem e restrições ao comércio impostas pela administração norte-americana — que conduziram a uma situação de crise, primeiro pela proibição de recorrer aos serviços do Google no Android e agora, mais recentemente, o impedimento de importação de componentes necessários ao fabrico dos Hi-Silicion Kirin que impulsionavam os telemóveis da marca chinesa. O novo processador não foi poupado a ousadas declarações face à concorrência, nomeadamente pela sua característica física de micro controlador — que a Apple alega ser o processador para portátil mais rápido do mercado e de ser capaz de ter um desempenho semelhante a um computador fixo. Claro que devemos ser algo cépticos em relação a estas afirmações, dado o facto de conhecermos o historial da marca, assim como a maioria das tecnológicas. O Apple M1, baseado na arquitetura ARM em um micro-chip do tipo SoC permitiu aos nort